Mariana Lescano, policial penal, atacou o papa Francisco em suas redes sociais após sua morte nesta segunda-feira

A vereadora bolsonarista Mariana Lescano (Progressistas), de Porto Alegre (RS), fez críticas ao papa Francisco nas redes sociais, afirmando que sua morte representa uma “limpeza espiritual”.
Não vejo como coincidência sua morte no dia seguinte da Páscoa, Há uma limpeza espiritual acontecendo. Quem não cumpre o chamado será retirado, Deus está agindo, e tudo que é falso, com o tempo, será derrubado declarou Lescano, que está em seu segundo mandato e também atua como policial penal.
Mariana vinculou a atuação do papa a uma suposta influência comunista e defendeu que o novo pontífice deve ser “conservador”.
O comunismo já não se esconde mais, está sentado em tronos e púlpitos. Entrou sorrateiro no alto clero, manchando a fé com ideologia e relativismo. A Igreja precisa de uma purificação urgente. (…) Que o próximo papa seja um verdadeiro pastor. Conservador, fiel à tradição, corajoso. Que limpe os altares da contaminação ideológica e traga de volta a força espiritual que a Igreja tanto precisa.
Nos comentários, a vereadora ainda mencionou que a “profecia de que o próximo papa seja ‘legitimador do anticristo’ pode se cumprir” e expressou preocupação com essa possibilidade.
Recentemente, ela se envolveu em uma polêmica com a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul (DPRS), também criticada por ela na tribuna da Câmara Municipal de Porto Alegre. Lescano afirmou que a instituição é “esquerdista” e “apenas defende bandidos e não se preocupa com o trabalho policial”.
A defensoria emitiu uma nota afirmando que a vereadora tem uma “visão distorcida e rasa” sobre o papel da instituição. “A Defensoria Pública é uma instituição de Estado, pautada pela autonomia, imparcialidade e pelo compromisso com a defesa intransigente dos direitos humanos, sem qualquer viés ideológico ou bandeira política.”