
O Brasil acompanha o caso Vitória há algum tempo. A jovem de 17 anos desapareceu, no dia 26 de fevereiro, na volta do trabalho. O corpo dela foi encontrado seis dias depois, no dia cinco de março, em uma área de mata em Cajamar, aproximadamente, cinco quilômetros de distância de onde ela morava com a família. Para solucionar o caso de Vitória Regina de Sousa, a polícia de Cajamar usou o software Cellebrite.
Ele é um sistema operacional de Israel que está sendo usado para restaurar conversas de WhatsApp, imagens, vídeos, localização e histórico de pesquisa. O Cellebrite já é conhecido, pelas forças armadas e pelos policiais, no mundo todo. É bastante usado para recuperar informações essenciais para investigações complicadas, como a do caso Vitória.
Através dele, é possível tirar informações dos celulares mesmo que eles tenham um sistema de segurança grande. Isso quer dizer que, com o Cellebrite, a polícia consegue provas mesmo com o celular bloqueado com senha e mais restrições, como por exemplo, a autenticação de dois fatores.
No caso Vitória, a polícia de Cajamar usa o software para conseguir recuperar, pelo menos, 10GB de cada dispositivo apreendido. Através dele que eles conseguiram ver a localização dos suspeitos e imagens gravadas por um dos envolvidos.
Provas recuperadas com o Cellebrite no caso Vitória
Direito e ordem
Dentre as várias evidências encontradas pela polícia, estão fotos de Vitória e de outras jovens com biotipo e traços físicos parecidos com os dela. Conforme a investigação, essas evidências são um reforço da suspeita que Maicol teria uma fixação por Vitória.
Além das fotos, o Cellebrite conseguiu recuperar conversas de Maicol com outro jovem, tido como ex-namorado de Vitória, com mensagens relacionadas com a repercussão do crime. Em uma das mensagens, um deles se mostra preocupado por supostamente seu carro ter sido visto. Na visão dos investigadores, isso sugere uma possível relação do carro com todo o caso.
Outra coisa interessante mostrada pelo software foi Maicol ter acessado o Instagram de Vitória por volta da 1h da manhã, no dia 27 de fevereiro, pouco tempo depois que ela desapareceu.